O juiz Eduardo Machado Rocha, que assumiu interinamente a administração de Dourados, em Mato Grosso do Sul, mandou trocar todas as fechaduras das portas da prefeitura.

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O magistrado justifica a medida como necessária para impedir o sumiço de documentos, já que a prefeitura está sob investigação depois que todo primeiro escalão da administração pública e a maioria dos vereadores foram presos por suspeita de fraudar licitações e se beneficiar com a cobrança de propina.

Apenas o juiz-prefeito, promotores de Justiça e pessoas de confiança de Eduardo Machado Rocha têm as chaves. Desde que assumiu, no sábado, o juiz-prefeito já nomeou novos secretários e anunciou que vai fazer auditorias para eliminar funcionários fantasmas. De acordo com a PF, o esquema que levou à prisão dos administradores municipais era semelhante ao "mensalão", pois consistia em pagar os vereadores da situação e da oposição propina para impedir que a CPI que investigava o prefeito, suposto "chefe" do esquema de corrupção, fosse concluída. Além disso, as licitações seriam direcionadas para empresas que financiavam as propinas mensais, compras de bens pessoais do prefeito e campanhas eleitorais.

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Em 1º de setembro foram detidos o prefeito, a primeira-dama, o vice-prefeito, o presidente da Câmara, mais nove vereadores, o advogado geral do município, mais quatro secretários municipais, assessor do prefeito, o diretor de departamento de licitações, gestor de compras da prefeitura, e empresários da região.

Na tarde deste domingo (5), mais três suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Prefeitura de Dourados, em Mato Grosso do Sul, foram soltos. Dos quase 30 presos na operação da Polícia Federal, 16 foram soltos.