A Câmara de Vereadores de Maringá, no Noroeste do estado, aprovou na noite de terça-feira (26), um projeto de lei que acaba com a escolha democrática dos diretores das escolas e creches municipais. A proposta do vereador Chico Caiana (PTB) foi votada, nesta quarta-feira (26), em caráter de urgência, e aprovada em primeira discussão. Foram 10 votos a favor e três contra. Caso o projeto seja aprovado na segunda votação, o prefeito Silvio Barros (PP) vai ter autonomia para indicar as pessoas que deverão assumir os cargos de direção.
De acordo com o vereador, autor da proposta, não há mais tempo disponível para realizar a votação para escolha dos diretores pelos pais dos alunos, professores e funcionários das instituições de ensino. "Além de não ter mais tempo há outros projetos para as escolas, como a instituição do turno integral e definição das gratificações dos diretores. Como devem ser discutidos esses e outros vários ajustes, não é ideal escolher os diretores por meio de votação, pelo menos agora", explica.
Para Humberto Henrique (PT), vereador que votou contra o projeto, o projeto acaba com a democratização das escolas. "Isso é um retrocesso. Existe tempo, pois temos até o dia 17 de dezembro para fazer a votação. Eu e os outros vereadores que votaram contra vamos tentar fazer uma emenda no projeto para que ocorra o processo de escolha seja feito por meio do voto", diz Henrique.
Para o vereador do PT, a indicação dos diretores pelo prefeito vai interferir nos benefícios repassados as escolas de Maringá. "O Ministério (MEC) da Educação recomenda que a escolha seja por meio do voto. É o MEC que faz os repasses de recursos para capacitação dos professores e podemos ficar sem esses benefícios", afirma.
A próxima votação que vai decidir se o prefeito indica ou não os diretores está marcada para as 18 horas de quinta-feira (27).
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