Cascavel A prefeitura de Cascavel enviou um projeto à Câmara de Vereadores reajustando a taxa de lixo (15,13%), Custeio da Iluminação Pública (24,78%), o Imposto Predial, Territorial Urbano (15,13%) e a Unidade Fiscal do Município (5,83%). Os aumentos provocaram a indignação da população local e dos empresários, que já reclamam da alta carga tributária do país. O projeto do Executivo deverá ser votado nos próximos dias.
O secretário de Finanças do município, Ângelo Malta, justifica que os reajustes são necessários e visam atender a demanda de serviços para o próximo ano. Ele ressalta que não haverá aumento real das taxas, "apenas a reposição das perdas inflacionárias do período de 2004 e 2005". Com as altas, a prefeitura pretender arrecadar com o IPTU R$ 15,7 milhões e outros R$ 9 milhões com a taxa de lixo. Já o custeio de iluminação pública deverá render mais R$ 8 milhões aos cofres municipais.
As três taxas representam cerca de 20% da receita municipal. A Unidade Fiscal do Município, que sofreu um reajuste de 5,83% , também terá impacto direto em vários tributos municipais: alvará, taxa de vigilância sanitária, taxa de combate a incêndio, ISSQN fixo e correção monetária de débito tributário em atraso.
A prefeitura articula com a base de vereadores que a proposta seja aprovada em sua íntegra. O presidente da Comissão de Justiça, vereador Aderbal de Holleben Mello (PT), diz que o projeto "dificilmente" será aprovado em sua forma original. "Os aumentos são abusivos e não se justificam", completa o vereador. Para Aderbal, a medida irá estimular a inadimplência, gerando risco do município arrecadar menos em 2006.
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