Londrina Enquanto o prefeito Nedson Micheleti (PT) visitava veículos de comunicação na tarde de ontem, após abrir pela manhã o prédio da prefeitura lacrado em 101 dias de greve do funcionalismo, os servidores tentavam contornar o caos nas diversas secretarias e, ao mesmo tempo, atender a população.
Nas praças de atendimento, o trabalho começou tumultuado logo pela manhã e piorou com a lentidão dos computadores no Posto Avançado de Arrecadação instalado no Com-Tour (zona oeste). Com os computadores fora do ar, centenas de pessoas perderam a viagem e tiveram de retornar à prefeitura para sanar problemas com o IPTU e o ISS. Às 16h30, uma hora antes do fim do expediente, não havia mais senhas disponíveis.
Os funcionários do atendimento tentavam não perder a calma diante da indignação com a demora nos serviços. "Fui até o Com-Tour e lá os computadores pararam. Tive de voltar aqui", lamentava o cabeleireiro Américo de Andrade, que queria imprimir boletos do IPTU atualizados.
No setor de ISS, além da pequena multidão à espera, o trabalho era organizar os documentos produzidos em três locais diferentes de atendimento improvisados na greve. "Cada área está com um tipo de documento e precisamos unir tudo. A parte de fechamento de empresas foi a mais afetada", diz Sebastião Vicente Amâncio, coordenador do setor que ontem se uniu ao de IPTU para conseguir atender todos.
Por todo prédio, funcionários tentavam criar meios de atualizar o serviço que ficou para trás enquanto lidavam com pilhas de papéis e caixas acumulados sobre as mesas e no chão.
Na Secretaria de Obras, o diretor de aprovação de projetos estava desolado diante do serviço a ser colocado em dia: "Atendemos apenas 20% da demanda e agora tudo ficou para trás", lamentava Alexandre Andrade Adário. Por ali deveriam passar todas as aprovações de projetos de obras em residências e comércios de Londrina. "Serão seis meses para colocar tudo em dia", afirmou. Para tudo, apenas quatro funcionários. Na fila, 60 projetos que ficaram três meses trancados no prédio e centenas que deram entrada durante a greve. "A cidade não esperou a greve para construir. Acredito que haverá muitas irregularidades no que já foi feito. É preocupante sob o ponto de vista do planejamento da cidade."
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