Termina na próxima quinta-feira o prazo para a prefeitura de Rolândia, no Norte do Paraná, concluir a sindicância que apura supostas irregularidades no pagamento de horas extras a funcionários da Saúde. Os pagamentos, feitos para 11 servidores, teriam ocorrido entre 2011 e 2012. Eles teriam feito apenas serviços administrativos, sem prestar atendimento à população, o que não justificaria os vencimentos adicionais.
Há suspeitas de que em 2012 os funcionários tenham recebido indevidamente para atuar na campanha de reeleição do prefeito Johnny Lehmann (PTB). Parte dos servidores aparece em fotos tiradas em eventos eleitorais promovidos nos mesmos dias e horários em que faziam as supostas horas extras.
O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público. São dois inquéritos em andamento um na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e outro na Defesa da Saúde Pública. Segundo a promotora Lucimara Ferro, a apuração teve início após denúncia de uma moradora, em julho. O órgão recomendou o fim dos pagamentos de horas extras.
Alvo de análise de uma Comissão Especial de Inquérito criada ainda em 2013, na Câmara de Vereadores, o caso resultou no pedido de instalação de uma Comissão Processante contra o prefeito. A solicitação, encabeçada pela vereadora Vera Nogaroto, considera que houve improbidade na destinação de R$ 70 mil para os servidores abrangidos. Se aprovada, a comissão poderá levar à cassação do mandato de Lehmann. Segundo a presidente da Casa, vereadora Sabine Giesen (PMDB), os vereadores levantaram informações durante três meses. "Todas as provas colhidas foram passadas para o Ministério Público", diz ela.
A reportagem tentou contato com o prefeito, mas, segundo a assessoria da prefeitura, ele estava em Curitiba e não poderia ser contatado.
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