São Paulo (AG) Empenhada em reduzir os índices de violência, a prefeitura de São Paulo deve enfrentar problemas no convencimento para o fechamento de bares às 22 horas em áreas onde há altos índices de homicídio.
Otimista com o trabalho que começou a ser feito este mês em parceria com associações comunitárias e ONGs, a prefeitura quer convencer e não impor a lei em vigor desde 1999.
"Vamos tentar um acordo com os comerciantes em distritos com alto índice de violência", explica o secretário das subprefeituras, Walter Feldman, coordenador do processo.
Um exemplo da resistência é a reação de Antônio Santana, dono de um bar na Zona Sul: "Não vou dizer que não vou fechar. Eles vão chegar aqui e eu vou baixar as portas. Mas vai ser eles virarem a esquina que eu abro de novo. Se eu não trabalhar, como é que vou pagar o aluguel, a luz, a água e todas as contas?", argumenta.
Na Zona Sul, o trabalho de conscientização começou na semana passada com uma força-tarefa formada por representantes da subprefeitura e de associações comunitárias.
Naquela área, segundo dados da PM, 91% dos homicídios acontecem em ruas próximas a bares e 56% das mortes ocorrem entre 21 e 6 horas envolvendo, em 77% dos casos, homens entre 17 e 35 anos.
"O pessoal reclama que precisa trabalhar, que vai ser prejudicado. Mas no geral a aceitação está sendo boa", avalia Ademir Schenor, presidente da ONG União dos Movimentos dos Sem-Teto.
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