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PAC da habitação na capital

Em Curitiba, os recursos do PAC vão permitir diversos investimentos em habitação popular, urbanização de favelas e reassentamentos.

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Brasília – A Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) cuidará sozinha dos R$ 177 milhões em obras de habitação previstas no PAC para a capital. Com isso, a prefeitura ganha a queda-de-braço com o governo do estado, que havia apresentado, por meio da Companhia Paranaense de Habitação (Cohapar), projetos similares para intervenções na Vila Formosa, Parolin e Ferrovila. A decisão partiu dos ministros envolvidos na negociação, que também evitaram constrangimentos ao marcar reuniões separadas com o prefeito Beto Richa e o governador Roberto Requião, que não se encontraram ontem.

"Foi tudo sossegado e vamos para casa contentes", afirmou o ministro Paulo Bernardo. Ele confirmou que a intenção era diminuir ao máximo a tensão entre prefeito e governador. "Até brinquei com o Beto. Falei: ‘prefeito, precisamos mostrar que queremos atender à população. A eleição é só no ano que vem.’"

Ao todo, a Cohab colocará em prática 22 projetos. Do total aplicado, R$ 95 milhões serão dados pela prefeitura, em contrapartida ou por meio de recebimento de empréstimo da União.

Beto aproveitou o acordo para cutucar o governador, que bloqueou o repasse para Curitiba, no ano passado, de R$ 64 milhões do Fundo de Desenvolvimento Urbano. "Se o governo federal empresta, por que o governo do estado não faz o mesmo? Ficou provado que não temos nenhuma pendência financeira com quem quer que seja e que estamos com capacidade de endividamento", disse o prefeito. Ele lamentou não ter tido a oportunidade de se reencontrar com Requião para esclarecer a questão. "Eu estou sempre disposto ao diálogo", disse.

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