Um grupo de 50 ex-funcionários da prefeitura de Rio Branco do Sul que ocupavam cargos comissionados até a cassação do ex-prefeito Amauri Johnsson (PSC) está entrando na Justiça para receber salários referente ao mês de agosto, que ainda não foram pagos. Johnnson foi cassado pela Câmara do Rio Branco do Sul no fim de agosto por sete votos a um, tendo sido também denunciado pelo Ministério Público por desvio de dinheiro, contratação irregular de obras e serviços e fraude em licitação.
Segundo o ex-secretário de governo de Rio Branco do Sul, Marco Aurélio Gomes da Silva, um dos primeiros atos do vice, Emerson Santos Stresser (DEM), ao assumir a prefeitura, foi exonerar todos os comissionados. "Alguns foram readmitidos logo em seguida. Os que não voltaram à prefeitura, não receberam o salário de agosto", afirma Silva.
De acordo com o ex-secretário, como Stresser assumiu a prefeitura em 28 de agosto, até o dia 10 deste mês seria um prazo razoável para pagar a rescisão dos cerca de 50 ex-funcionários. "Entramos com duas ações na Justiça porque não há justificativa para não nos pagar."
A primeira das ações, afirma ele, pede o bloqueio de novos pagamentos salariais aos funcionários da prefeitura, enquanto não forem pagos os vencimentos dos ex-funcionários. A outra medida judicial é uma ação coletiva em que cerca de 50 ex-funcionários comissionados reivindicam o pagamento referente ao mês de agosto. Silva diz também que funcionários do departamento de recursos humanos da prefeitura teriam declarado que os pagamentos não seriam feitos.
O secretário da Fazenda de Rio Branco do Sul, Wanderley Oliveira, nega estar ocorrendo retaliação política. "O que houve foi um atraso. O prefeito assumiu no dia 28 de agosto, com a folha de pagamento pronta, mas sem o respectivo dinheiro para fazer os pagamentos." Segundo Oliveira, foram priorizados os pagamentos dos funcionários do quadro próprio da prefeitura e os ocupantes de cargos em comissão que permaneceram contratados pela nova administração. "Vamos começar a pagar nas próximas semanas. Não há intenção de retaliação política, mesmo porque o Emerson (Stresser) assumiu na condição de vice do antigo prefeito." Oliveira diz não vê motivo para os ex-comissionados entrarem com ações na Justiça.
Oliveira afirma também que uma empresa que prestava serviços de limpeza para a prefeitura, a MGA, não está sendo paga, o que acarretou na suspensão dos salários de funcionários da companhia. O motivo, explica o secretário, é que o contrato está sendo discutido na Justiça. "Administrativamente, não há como pagar a empresa porque o contrato foi firmado de modo irregular um dos motivos da cassação do ex-prefeito."
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