A prefeitura de Curitiba encaminhou um projeto de lei para Câmara de Vereadores com objetivo de abrir um crédito especial de R$ 1,27 milhão para a reforma da Rua 24 horas. A verba sairia do orçamento da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego. A proposta foi aprovada pela Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara nesta segunda-feira (19), mas ainda precisa passar pela votação no plenário.
A proposta, protocolado no dia 5 de outubro, prevê o remanejamento do valor da secretaria para a Urbanização de Curitiba S.A (URBS), responsável pela Rua 24 horas. Pelo projeto, o dinheiro estava destinado para a compra de material permanente e implementação de programas voltados à geração de trabalho, emprego e renda, previstos no orçamento de 2009.
O projeto foi aprovado com cinco votos a dois. Foram favoráveis os vereadores Paulo Frote, Felipe Braga Cortes, João do Suco, Odilon Volkmann, todos do PSDB, e Sabino Picolo (DEM). As vereadoras Noemia Rocha (PMDB) e Professora Josete (PT) votaram contra a proposta.
Professora Josete, líder da bancada de oposição, disse que não é contrária a reforma da Rua 24 horas, mas não concorda que o dinheiro venha da secretaria do trabalho. "A secretaria do trabalho já tem poucos recursos e se diminuir ainda fica mais complicada a situação. O argumento de que o dinheiro não seria utilizado este ano é ainda pior, pois precisamos usar toda verba disponível para políticas de geração de emprego", afirmou.
Abandono
A Rua 24 horas foi fechada para reformas em setembro de 2007. Desde então, passaram-se duas licitações sem que nenhuma se concretizasse por falta de interessados. Em novembro de 2008, a prefeitura anunciou que faria por conta própria a revitalização do local e que as obras começariam em janeiro. A previsão era de que o local estaria pronto para receber o público curitibano e os turistas no mês de agosto, mas até agora as obras não começaram.
História
A Rua 24 Horas foi inaugurada no dia 11 de setembro de 1991 e está localizada na quadra entre as ruas Comendador Araújo e Emiliano Perneta, no Centro da capital. Ela serve de ligação entre as ruas Visconde de Nácar e Visconde do Rio Branco.
Foi a primeira rua comercial coberta do Brasil. Na época da inauguração, havia 42 lojas, bares e restaurantes que funcionavam dia e noite, mesmo nos feriados.
Com o passar do tempo, alguns comerciantes desistiram de abrir 24 horas. No dia 10 de outubro de 2007, os últimos seis comerciantes que ainda trabalhavam no local deixaram a Rua 24 Horas. Nesta época as lojas funcionavam no máximo até as 23 horas.
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