Mensalão Londrinense
Após 6 dias foragido, ex-diretor da Sercomtel se entrega à polícia
Marcelo Frazão, do Jornal de Londrina
Sem documentos pessoais e apenas com a roupa do corpo, o ex-diretor da Sercomtel Alysson Tobias de Carvalho se entregou ontem de madrugada à polícia após seis dias foragido. Articulador político do prefeito de Londrina, Barbosa Neto, Carvalho é apontado como integrante de uma quadrilha para dar suporte político ao chefe do Executivo, Carvalho era procurado desde a sexta-feira passada, quando o Tribunal de Justiça revogou o habeas corpus, concedido a ele após 12 dias preso na Penitenciátia de Londrina. Após se entregar, Carvalho passou mal e foi atendido por uma ambulância do Samu. No começo da noite, o ex-diretor foi levado para o presídio.
A prefeitura de Londrina abriu mão de um desconto de R$ 111.780 na compra dos livros da coleção "Vivenciando a cultura afro-brasileira e indígena", adquiridos da Editora Ética. A informação consta de documentos obtidos pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta pela Câmara para investigar denúncias de irregularidades na educação. O município pagou R$ 621 mil pelos exemplares.
De acordo com o presidente da CEI, vereador Rony Alves (PTB), documentos enviados pela prefeitura à comissão confirmam que o município abriu mão de um desconto de 18% oferecido pela editora.
Segundo Alves, no começo da negociação, a Editora Ética ofereceu um desconto de 20% para a compra de cerca de 6.700 livros (metade do que foi comprado). Com o desenrolar das conversas, a prefeitura resolveu comprar mais livros (13.500 exemplares) e o desconto caiu para 18%. "Na hora de pagar, a prefeitura não aceitou o desconto, tem documentos comprovando isso", disse o petebista.
Segundo o presidente da CEI, é preciso analisar com calma esse documento e ouvir os ex-secretários Marco Cito e Karin Sabec, que ocupavam respectivamente as secretarias de Gestão Pública e Educação quando as compras foram feitas. "Não dá para tirar conclusão, pode ser que eles consigam explicar isso", ponderou.
O secretário de Gestão Pública, Fábio Reali, lembrou que não estava no cargo na época da compra dos livros, mas disse que vai procurar o processo para checar as informações. "Eu não tenho essa informação [sobre a oferta de desconto]. Mas, se houve, em tese eu vejo como uma manobra de má-fé da editora, que não teria enviado o desconto na nota", afirmou.
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