Maringá - A maioria das prefeituras que compõem a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), no Noroeste do estado, deve fechar as portas hoje para protestar contra a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feito pela União. Das 30 cidades do Noroeste, 26 vai aderir ao movimento.
Até mesmo a prefeitura de Maringá, a maior cidade da região, vai paralisar parcialmente o atendimento ao público. Segundo a prefeitura, isso será feito apenas em solidariedade aos outros municípios.
Segundo a assessoria da prefeitura maringaense, os servidores do Paço Municipal vão trabalhar internamente e não haverá hoje atendimento ao público. Mas as secretarias que funcionam em outros prédios vão atender a população.
A prefeitura de Maringá, que tem porte maior, não é diretamente atingida pela queda do FPM e por isso não pretende mandar representante à Brasília. "Os prefeitos das outras cidades nos pediram uma manifestação de solidariedade e resolvemos aderir", explica o chefe de gabinete do prefeito Silvio Barros (PP), Ulisses Maia. O prefeito é irmão do vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP).
Serviços essenciais
A decisão de paralisar as atividades das prefeituras da Amusep foi tomada durante uma assembleia no dia 15. Ficou decidido que serão mantidos os serviços públicos essenciais como coleta de lixo, transporte escolar e funcionamento de creches, escolas e hospitais.
De acordo com o prefeito de Munhoz de Mello e presidente da Amusep, Gilmar Silva, o repasse do FPM caiu 30% em comparação com o ano anterior e as pequenas cidades são as que mais sofrem com a queda. "Cerca de 80% do orçamento desses municípios dependem do fundo", afirmou Silva. Um cálculo da entidade estima que, em 2009, as prefeituras paranaenses já teriam deixado de receber R$ 231 milhões, se comparado com o valor destinado no mesmo período de 2008.
Marcha a Brasília
Representantes de diversas cidades do Paraná participarão hoje em Brasília da Marcha dos Prefeitos. Eles vão pedir a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC), de autoria dos senadores Osmar Dias (PDT) e Alvaro Dias (PSDB), que destina 10% dos recursos das contribuições sociais para as prefeituras e outros 10% para os estados. Isso representaria aproximadamente R$ 20 bilhões a mais por ano para as 5,5 mil prefeituras brasileiras, de acordo com a Amusep.
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