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O senador paranaense Osmar Dias (PDT) comemorou o fim da verticalização, decisão tomada pelo TSE em 2002 que obrigava que a aliança feita para a disputa presidencial fosse seguida pelos partidos nos estados. Para Dias, a verticalização tornava os partidos pequenos muito dependentes dos grandes, o que representava uma "dificuldade imensa para o PDT ter candidatura".

A queda da verticalização tornou possível o anúncio de sua candidatura a governador do estado?Eu sempre falei o seguinte: a soma de uma série de fatores é que vai me levar a tomar a decisão. Nós fizemos a remoção de um obstáculo, nós temos que somar outros fatores para consolidar uma candidatura.

E quais seriam esses fatores?Eu acho que nós temos que ter uma conversa com outros partidos, fazer uma aliança, ter estrutura de campanha, garantir tempo de tevê e ter gente disposta a trabalhar num projeto desses.

E quando o senhor pretende tomar essa decisão?Aí que há um equívoco muito grande. Eu tenho sido cobrado a dizer se sou ou não candidato. Mas a decisão é tomada na convenção em junho. Até junho, temos apenas pré-candidatos. Neste momento, nenhum partido tem candidato. Se tivesse, o TRE já teria cassado a candidatura, porque a legislação não permite. Eu sou pré-candidato, buscando construir uma candidatura. Se vai ser possível ou não, somente em junho é que vou saber.

Com quais partidos o PDT tem interesse de construir uma aliança no Paraná?Estamos falando com diversos partidos, mas é uma questão de ética não falar dos outros. O dia em que tivermos conversado e combinado uma aliança, nós falaremos sobre isso.

O senhor acredita que a votação de ontem (quarta-feira) na Câmara vai se repetir em segundo turno?Eu acredito que os deputados vão repetir o voto. Apenas há uma preocupação, que é essa ação no Supremo (Supremo Tribunal Federal) que está sendo movida por um deputado.

Como esse deputado, a OAB é contra o fim da verticalização porque a mudança não será feita com até um ano antes das eleições. O senhor acha que isso trará algum problema?Eu não sou jurista. Portanto, espero a decisão dos juristas e do Supremo. A decisão da Câmara já foi tomada em primeiro turno. Vai ser tomada em segundo. Eu continuo com o mesmo pensamento de não ter pressa para tomar decisões. Eu prefiro tomar a decisão amadurecida, mais responsabilidade do que precipitação. Eu acredito que o fim da verticalização vai ser mantido, mas eu aguardo a decisão do Supremo.

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