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São Paulo - Os jornalistas que compuseram o comitê julgador do Prêmio Esso de Jornalismo 2009 aprovaram uma declaração de repúdio à censura imposta pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), que há 85 dias impede o jornal O Estado de S. Paulo de publicar reportagens sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

"Não se trata de reivindicar imunidade nem de considerar a imprensa acima de lei, mas de apontar uma aplicação distorcida dos princípios legais para evitar que a divulgação de fatos em apuração pela Polícia Federal sejam tornados públicos. Sob os mais diversos argumentos tal prática têm sido usada com frequência para manter privilégios e ocultar métodos pouco claros de gestão do bem público, muitas vezes confundido e tratado como se privado fosse", diz um dos trechos da nota.

A comissão do Prêmio Esso selecionou a série de reportagens "Dos atos secretos aos secretos atos de José Sarney" dos repórteres Rosa Costa e Leandro Cólon e Rodrigo Rangel, publicadas pelo jornal em junho deste ano entre os três finalistas para a categoria.

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