Preocupado com articulação para retirá-lo do comando nacional do PMDB, o vice-presidente Michel Temer tem demonstrado disposição de promover uma reacomodação de forças na Executiva Nacional do partido.
Segundo a reportagem apurou, o peemedebista avalia a possibilidade de abrir mais espaço para a bancada do PMDB no Senado Federal, que articula o lançamento de uma chapa alternativa, com o senador Renan Calheiros (AL), para fazer frente ao vice-presidente.
Contudo, com os movimentos de Temer, a disputa poderia ser substituída por um acordo. Um dos espaços pretendidos é a vice-presidência do partido. Em um cenário de impeachment da presidente Dilma Rousseff, não descartado pelos peemedebistas, o grupo de Renan assumiria o comando do PMDB.
Os acenos, que têm sido feitos por aliados e assessores de Temer, passam também pela garantia do apoio dos setores da legenda do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que detém o maior número de eleitores na convenção nacional da sigla em março, e que ocupam atualmente apenas dois postos no comando nacional da sigla.
O grupo de Temer tem em mãos um mapa de convencionais. Em campanha pela reeleição, Temer também iniciou movimento para conquistar apoio entre peemedebistas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, Estados que também estão entre os com mais convencionais na reunião partidária.
Para fortalecer a candidatura, o vice dará início no próximo dia 28 a viagens pelo país. Começará por Curitiba e Florianópolis, considerados prioritários.
Embora evitem demonstrar a clara preocupação de Temer com o cenário colocado no PMDB na disputa deste ano, destacando que o partido sempre tem divergências, aliados do vice concordam que a situação é mais “crítica”.
Atribuem isso ao acirramento dos ânimos ao fim do ano passado com a deflagração do impeachment de Dilma, seguida por uma carta de reclamação de Temer, episódios que claramente dividiram opiniões no partido.
Desde a ocasião, a relação entre o vice e a presidente Dilma tem sido protocolar. A cúpula peemedebista ficou incomodada com a intervenção do Palácio do Planalto na eleição da liderança do partido na Câmara dos Deputados.
Como revelou a Folha de S.Paulo nesta terça (12), o Planalto ofereceu ao deputado Mauro Lopes (MG) a SAC (Secretaria de Aviação Civil) na tentativa de garantir a recondução do aliado, Leonardo Picciani (RJ) à liderança. Dessa forma, a bancada de Minas, que tem demonstrado disposição de concorrer com Picciani à vaga de líder, seria atendida e não criaria problemas ao governo.
Temer e aliados se reuniram com Lopes nesta terça e tentaram convencê-lo a não aceitar o convite. O deputado ainda não deu resposta. Publicamente, Picciani afirma desconhecer o convite.
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