A Secretaria-Geral da Presidência solicitou que a Polícia Federal investigue a empresa contratada para realizar o bufê durante os eventos da presidente Dilma Rousseff em Teresina, que ocorreram na sexta-feira (11), por suspeita de “colocar em risco a segurança” da presidente.
No dia da visita presidencial, a funcionária Priscila Di Schiavi publicou em seu perfil no Facebook uma mensagem avisando que faria o bufê para a presidente e sua equipe e perguntando se alguém teria “algum pedido especial”.
“Hoje a nossa presidente Dilma está em Teresina, e vou ter o ‘prazer’ de fazer o evento para ela e toda equipe. Queria saber dos meus colegas se alguém tem algum pedido especial, afinal é uma oportunidade única”, dizia a publicação, que horas depois foi apagada. O perfil da funcionária também foi desativado.
De acordo com imagens salvas por internautas, a publicação recebeu comentários como “coloca veneno pra ela comer por favor”, “olha a oportunidade de você virar um herói nacional”, “mata essa mulher” e “cavem um buraco bem fundo e vupt!!! Deem um chá de sumiço nessa maldita e em todos da corja dela”.
A publicação gerou reação imediata da Presidência, que também solicitou à Advocacia-Geral da União que avalie possível responsabilização penal e civil dos envolvidos.
“A Secretaria-Geral da Presidência da República solicitou à Polícia Federal que investigue e à Advocacia-Geral da União que avalie as medidas cabíveis, para eventual responsabilização penal e civil, decorrente de publicação de informações, em rede social, que poderiam colocar em risco a segurança da Presidenta da República, com possível caracterização de incitação a crime contra a sua pessoa”, diz trecho de nota divulgada pela Secretaria-Geral no Twitter.
“O fato é agravado pelo envolvimento de empresa que prestaria serviços em evento da Presidência em Teresina - PI. Repudiamos qualquer forma de incitação a crime ou a atentado contra qualquer pessoa”, conclui o texto.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a empresa La Trufel, em Teresina. Uma atendente que se identificou como Camila confirmou a publicação no Facebook, mas disse que ela foi apagada e o perfil da funcionária foi desativado, a pedido da Presidência.
Ela afirmou, contudo, que o serviço de bufê foi prestado normalmente e que não tem conhecimento de investigações sobre a empresa ou a funcionária.
A atendente não informou quem seriam os responsáveis pela empresa e não respondeu qual era a intenção da funcionária ao fazer a publicação. A reportagem não conseguiu contato com a funcionária Priscila Di Schiavi.