Gritos em coro eram de “Dilma pode vetar, o Brasil vai te apoiar”| Foto: Ricardo Stuckert Filho/Presidência

Ranking internacional

Petista é 2.ª mãe mais poderosa do mundo

A presidente Dilma Rousseff foi apontada ontem pela revista norte-americana Forbes como a segunda mãe mais poderosa do mundo. A petista ficou atrás apenas da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Em terceiro lugar, apareceu Indra Nooyi, executiva-chefe da PepsiCo. Na lista de 20 pessoas divulgada em homenagem ao Dia das Mães, a Forbes destaca que Dilma tem 64 anos, é divorciada e mãe de Paula Rousseff Araújo, que nasceu em 1976.

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A presidente Dilma Rousseff driblou seguranças, ministros e parlamentares que a acompanhavam ontem durante solenidade de entrega de unidades habitacionais em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, para cumprimentar adeptos da campanha "Veta Dilma", que pedem a ela para vetar o novo Código Florestal aprovado pelo Congresso. Segundo os integrantes do grupo, Dilma acenou todo o tempo com a cabeça, indicando que pode atender ao apelo.

O movimento contrário ao texto aprovado pela Câmara no fim de abril ganhou corpo nas redes sociais e, na semana passada, levou até a atriz Camila Pitanga a quebrar o protocolo, durante cerimônia no Rio de Janeiro, para pedir o veto à presidente. A resposta de Dilma foi apenas um sorriso, a mesma dada aos manifestantes em Betim. O código revoltou ambientalistas, que apontam retrocessos na legislação ambiental do país caso ele seja sancionado.

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Ontem, enquanto a presidente inaugurava uma creche e entregava conjuntos habitacionais construídos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, os cerca de 50 manifestantes foram mantidos afastados do evento, fora das grades armadas pela segurança no entorno dos prédios onde era realizada a solenidade.

Do lado de dentro, era possível ver apenas duas faixas com o "Veta Dilma" estendidas na varanda de um vizinho. Ao deixar o local, no entanto, a presidente ouviu o coro de "Dilma pode vetar, o Brasil vai te apoiar", se desvencilhou do esquema de segurança e da comitiva oficial e atravessou a rua para cumprimentar os manifestantes. "Quando desejamos coragem para ela vetar, a presidente sorriu e acenou concordando", comemorou o estudante Raul Lansky, de 19 anos, um dos organizadores do protesto.

No corpo-a-corpo, Dilma também não falou com o grupo, mas cumprimentou os manifestantes mais próximos da grade, alguns deles com máscaras de deputados federais do PMDB mineiro que votaram a favor do projeto.

"Ela indicou que pode vetar alguns trechos do texto, mas não especificou quais", disse o deputado estadual Durval Ângelo (PT), que participou da solenidade no palanque junto com a presidente.

Durante o evento, Dilma evitou tratar de política ou temas polêmicos e, em um discurso de 14 minutos, optou por um tom emotivo, com foco no Dia das Mães e na segurança que a casa própria oferece às famílias. Mas admitiu que famílias com renda mais baixa não têm condições de adquirir um imóvel no país sem ajuda do governo.

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Os conjuntos habitacionais inaugurados ontem foram construídos com investimento de R$ 53,7 milhões e os apartamentos de 44 metros quadrados são destinados a famílias com renda de até R$ 1,6 mil mensais.