A demissão do ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), abriu outra crise no governo Dilma Rousseff e precipitou a primeira reforma ministerial do segundo mandato, menos de três meses após a posse. A mudança no primeiro escalão ocorre justamente na pasta que empresta ao governo o slogan “Pátria Educadora”, mote do segundo mandato de Dilma.
A presidente mal conversou com Cid Gomes no gabinete. “Infelizmente, não dá mais, não é Cid?”, disse ela, segundo apurou a reportagem. Dilma soube da confusão quando Cid estava no plenário da Câmara. Chegou a assistir pela TV a alguns trechos do bate boca entre o ministro e os deputados e ficou “horrorizada” com as cenas que viu.
Após o rápido diálogo com Cid, Dilma pediu ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que avisasse imediatamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), sobre a demissão do titular da Educação, para acalmar o PMDB. Cunha anunciou a demissão antes mesmo do Planalto confirmar a saída do ministro.
Articulações
A saída de Cid puxa a mexida na equipe e aumenta a pressão do PT para retomar o Ministério da Educação. Setores do PT e do PMDB que querem afastar Mercadante da Casa Civil dizem que o poderoso ministro pode retornar à Educação. Nesse desenho, o baiano Jaques Wagner, que hoje comanda a Defesa, trocaria de pasta e iria para a Casa Civil, onde assumiria a articulação política. Dilma, porém, ainda não decidiu como ficará a equipe. Por enquanto, o Ministério da Educação será comandado interinamente pelo secretário-executivo, Luiz Cláudio Costa.
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