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Afastado pela Justiça Eleitoral, Edgar Bueno deu posse ao presidente da Câmara de Vereadores, Márcio Pacheco, como prefeito interino de Cascavel | Cesar Machado / Vale Press
Afastado pela Justiça Eleitoral, Edgar Bueno deu posse ao presidente da Câmara de Vereadores, Márcio Pacheco, como prefeito interino de Cascavel| Foto: Cesar Machado / Vale Press

O presidente da Câmara de Vereadores de Cascavel, Márcio Pacheco (PPL), assumiu no final da tarde desta segunda-feira (27) o comando da prefeitura do município. Ele ficará no cargo interinamente até que o professor José Lemos (PT), segundo colocado nas eleições do ano passado, seja empossado oficialmente. A decisão de dar posse interinamente a Pacheco foi da 68ª Zona Eleitoral, após o Tribunal Regional do Paraná (TRE-PR) derrubar a liminar que cassou o mandato do prefeito Edgar Bueno (PDT) e do vice Maurício Theodoro (PSDB). Apesar da interinidade, Pacheco anunciou mudanças no primeiro escalão.

A Justiça determinou ainda que na próxima quarta-feira (29) Lemos e Walter Parcianello (PMDB) sejam diplomados para assumirem as cadeiras de prefeito e vice, respectivamente. A partir da diplomação, cabe à Câmara de Vereadores marcar uma sessão extraordinária para dar posse aos novos mandatários. Lemos deverá renunciar ao cargo de deputado estadual antes de assumir a prefeitura.

Pacheco assumiu o comando da prefeitura por volta das 17h30. Bueno o aguardava no gabinete rodeado de assessores e amigos. Antes de deixar a prefeitura, o prefeito cassado disse estar confiante que haverá uma nova liminar a seu favor, desta vez no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele afirmou respeitar a decisão judicial, mas disse que não concorda com ela e que os eleitores de Cascavel foram desrespeitados. "Hoje nós estamos assistindo e participando aqui deste triste episódio da Justiça Eleitoral do Paraná", afirmou.

Bueno voltou a atacar o professor Lemos que, segundo ele, não tem residência fixa em Cascavel. Foi essa afirmação que custou ao prefeito o mandato. A Justiça Eleitoral entendeu que ele cometeu crime ao fazer a afirmação supostamente de forma mentirosa, no programa eleitoral. "Falamos que o meu adversário não morava aqui, provamos que ele não morava aqui e vamos continuar falando para o resto da vida que ele não morava aqui", declarou.

Pacheco preferiu não comentar a decisão judicial, disse ter consciência da interinidade e que vai trabalhar pela população do município. "Não pretendo beneficiar a um ou a outro, nem a mim mesmo, mas ao povo de Cascavel", declarou. Nesta terça-feira (28) haverá mudanças no comando de várias pastas, entre elas a de Administração, Finanças, Comunicação Social, Assuntos Jurídicos e Gabinete.

Contas reprovadas

O professor José Lemos também teve complicações judiciais nesta segunda-feira (27). O TRE-PR manteve a desaprovação das contas de campanha que haviam sido reprovadas em primeira instância. Lemos afirmou que problemas contábeis resultaram na desaprovação e que documentos anexados ao processo não foram analisados. Segundo ele, seus advogados vão recorrer da nova decisão.

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