O presidente da Câmara de Vereadores de Cascavel, Marcio Pacheco (PPL) apresentou na manhã desta terça-feira (29) um pacote de medidas que pretendem moralizar os trabalhos do Legislativo, desgastado na última legislatura em função de sucessivos escândalos envolvendo os parlamentares.
O "pacote de moralidade", que pretende economizar algo em torno de R$ 700 mil por ano, foi aprovado em consenso pelos vereadores, conforme Pacheco.
O plano inclui a extinção de sete diretorias com salários superiores a R$ 9 mil - em alguns casos, o valor chega a R$ 16 mil, bem acima do subsídio dos vereadores, que é de R$ 9,8 mil. As diretorias serão transformadas em gerências de departamentos, com salários de R$ 5,3 mil.
Para evitar salários alto demais, uma resolução será editada de forma a garantir que os servidores não tenham salários superiores a 95% dos subsídios dos vereadores. "Entendemos que nós temos a obrigação de fazer algumas coisas que realmente contemplem aquilo que a sociedade deseja", diz Pacheco.
As verbas de custeio dos vereadores, que estão fixadas em até R$ 1.250, terão cortes de 20%. Essa verba é usada para gastos com telefones e correspondências.
A postura dos vereadores em plenário também terá de mudar. Os parlamentares deverão participar das sessões usando terno e gravata. Também será implantado um sistema de controle de pessoas que visitam o Legislativo. Uma auditoria nas contas da Câmara referente aos últimos quatro anos também foi anunciada.
Na semana passada, o presidente do Legislativo formalizou a renúncia do próprio salário a que teria direito como vereador. Policial federal, Pacheco optou pelos vencimentos de servidor público, que totalizam R$ 7,8 mil.
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