O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deve decidir até o fim do mês se será candidato ao governo do Rio Grande do Norte. Alves se tornou a principal aposta do PMDB no Estado depois que seu primo, o ministro Garibaldi Alves (Previdência), não demonstrou interesse na disputa.
Segundo interlocutores, o presidente da Câmara costura apoios, inclusive do PSB e do PSDB, partidos de presidenciáveis oposicionistas, para tentar se viabilizar eleitoralmente e definir seu futuro político.
A candidatura dele vem ganhando força depois que o PMDB começou a travar uma disputa com o PT para as eleições de outubro diante da insatisfação com o espaço do partido no primeiro escalão do governo Dilma Rousseff.
Com aval de Alves, inclusive, o PMDB comandou uma rebelião na base aliada da Câmara que impôs derrotas ao Planalto e fez o governo acelerar a reforma ministerial para atender aliados.
Outra questão é que o acordo entre PT e PMDB para revezarem o comando da Câmara termina no fim deste ano. O receio do PMDB é que o PT volte a eleger a maior bancada, o que poderia dificultar a reeleição de Alves para a cúpula da instituição. Com 11 mandatos de deputado, se desistir de concorrer a uma nova vaga na Casa, Alves pode pavimentar uma eventual candidatura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), ao comando da Câmara.
Em contrapartida, o PT vai discutir na próxima quinta-feira se oferecerá apoio a uma eventual candidatura de Alves ao governo do Rio Grande do Norte. O Diretório Nacional se reúne, em Brasília, para tratar da crise com o PMDB e os rumos das alianças estaduais.
Uma corrente do partido defende que o partido lance candidaturas próprias do PT apenas na Bahia e no Piauí e faça acenos aos aliados nos outros Estados. Ao PMDB, seria ofertado apoio em Alagoas, Maranhão, Paraíba e no Rio Grande do Norte, por exemplo.
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