O presidente da Câmara dos Vereadores de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), foi assaltado e teve o carro e um aparelho celular roubados na noite desta terça-feira (28), no bairro Jardim Botânico. Ele levou o carro da mãe à casa dela, e foi abordado quando entrava na garagem. Para sair ileso do crime, o vereador precisou acalmar o assaltante e ajudá-lo a engatar a marcha ré do carro, já que o criminoso não sabia operar o câmbio automático.
Apesar do susto, ninguém se feriu. Os dois assaltantes foram presos. Salamuni vai seguir com a agenda normal desta quarta, presidindo a sessão plenária da Câmara. O carro foi recuperado pela polícia horas após o crime, durante a madrugada.
O vereador conta que, por volta de 23 horas, entrava na garagem com o carro, um C3 automático. Pouco antes de o portão eletrônico terminar de fechar, o criminoso se abaixou e passou pela fresta. Já neste momento, Salamuni teve apontado para si um revólver. Ele relata ficou sob a mira do assaltante durante todo o tempo. "Como ele não fez menção nenhuma para irmos para dentro da casa, tentei ir acalmando a situação. Ele me mandou ficar com a mão para cima e ajoelhar."
Durante a ação, o vereador diz ter percebido que um carro do outro lado da rua dava apoio ao criminoso que efetuava o roubo. Depois de o político ensinar o criminoso a dirigir o carro, o assaltante e seu comparsa fugiram. Um deles jogou a chave com o controle remoto do portão para fora do veículo. "Eu achei que eu estava com meu celular, mas deixei no banco e tive que bloquear o aparelho."
Ao entrar na casa da mãe, ele explica que ligou para Polícia Militar. Cerca de 15 minutos depois, os policiais chegaram. Por volta das 2h30, Salamuni foi contatado com a notícia de que o carro e os dois suspeitos tinham sido localizados pela PM na Vila Verde, em Curitiba. "Fui lá e tinha muita imprensa, porque a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos teve bastante trabalho à noite. Me mostraram a arma do crime, que prenderam com o cidadão, e parece que era gente de alta periculosidade, um deles foragido da Colônia Penal [Agrícola, em Piraquara]. Eu não vi o cidadão, não pude reconhecer, apenas vi a arma carregada."
Vereador aconselha vítimas a manterem a calma
Salamuni diz que passou o que qualquer cidadão pode passar no dia-a-dia, já que não faz uso de motoristas ou seguranças. Ele destaca que ter mantido a calma foi um fator decisivo para ter saído ileso. "Digo para as pessoas manterem a calma e "auxiliarem" o bandido, para que o assaltante sinta que você está até, de certa forma, colaborando para o sucesso do ato. Isso ajuda a não gerar algo contra a vítima."
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