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O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM ), Paulo Ziulkoski, bate duro no que chama de paralisia do Congresso Nacional para aprovar a reforma tributária. "Até agora é muita conversa", diz. Mas também acredita que a corrida dos prefeitos para conseguir emendas parlamentares ajuda a criar essa situação de crise financeira.

Para Ziulkoski, o Congresso Nacional tem que voltar a produzir leis. "Projeto de Lei faz quase cinco meses que não é votado. Só votam medida provisória. Está tudo parado. Lamentavelmente estão se engalfinhando política e eleitoralmente pensando nas eleições do ano que vem e esqueceram da população brasileira. A função do Congresso Nacional é votar. Por que não fazem as reuniões da CPI na segunda ou terça-feira e não cumprem a sua determinação constitucional que é votar leis", diz

O presidente, ex-prefeito da cidade gaúcha de Mariana, não teme apontar seus próprios pares como co-responsáveis pela crise financeira. "Se nós estamos mal hoje, em parte, a culpa é dos próprios prefeitos, porque qualquer coisa vão a Brasília tentar uma emendinha parlamentar. Tem que terminar com essas emendas parlamentares e diluir no FPM. O dinheiro público tem que vir independentemente do interesse particular", diz.

Paulo Ziulkoski ainda denuncia que a União está segurando um dinheiro que pertence às prefeituras. "A União criou um programa de recuperação de dívidas, desde 2003, embolsou dinheiro que deveria repassar para as prefeituras e não pagou. Isso é apropriação indébita. Representa mais de 1,6 bilhão para as prefeituras". O Tribunal de Contas da União deu prazo até a metade de dezembro para a União repassar esse dinheiro às prefeituras.

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