DÉBORA ÁLVARES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A nova fase da operação Lava Jato, que avançou sobre o setor elétrico, pode entrar nos radares da CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados.
O presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou na tarde desta quarta-feira (29), que estuda a possibilidade de incluir as recentes denúncias na investigação parlamentar. O principal alvo da operação é a Eletronuclear.
“Esse é um questionamento que tenho feito aos técnicos. Estou com uma equipe estudando. O nosso campo de investigação é nos casos inerentes à Petrobras”, afirmou.
A 16ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28). O foco das investigações são contratos firmados por empresas envolvidas na Lava Jato com a Eletronuclear, as obras da usina nuclear Angra 3 e os pagamentos de propina a funcionários da estatal.
O presidente licenciado da Eletronuclear -uma subsidiária da Eletrobras-, o almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o executivo da Andrade Gutierrez, Flávio David Barra, foram presos pela Polícia Federal.
Há suspeita de que Othon recebeu R$ 4,5 milhões em propina por contratos da usina nuclear Angra 3.
As investigações da PF encontraram comprovantes de pagamentos das empreiteiras Andrade Guitierrez e Engevix a uma empresa do almirante, feitos entre 2009 e 2014.
Ele assumiu a presidência da Eletronuclear em 2005, quando o PMDB passou a controlar o Ministério de Minas e Energia, e conduziu as negociações que permitiram a retomada das obras de Angra 3, em 2009.
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