O presidente da CPI do Porto na Assembléia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), disse que a ameaça de intervenção no Porto de Paranaguá foi provocada pelo sucateamento do Porto e das falhas na administração. Para o deputado, se o governo tivesse corrigido os problemas apontados pela CPI, que encerrou os trabalhos no mês de junho, a situação poderia ser diferente.
No relatório final, a comissão pediu providências na área sanitária, de infra-estrutura e no gerenciamento do Porto. Rossoni lembra que o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes suspendeu o repasse de recursos federais para ampliação do Cais Oeste por causa de irregularidades no Porto e o Tribunal de Contas da União deu um prazo de 90 dias, desde junho, para o Porto corrigir os problemas de infra-estrutura, caso contrário determinará o afastamento dos diretores.
O deputado questiona a postura do governo, que estaria adotando um discurso para confundir a opinião pública ao declarar que a intenção do Decreto Legislativo é privatizar o Porto. "A questão não é se o Porto é público ou privado. Antes de qualquer coisa precisa funcionar e suprir adequadamente as necessidades dos setores produtivos paranaenses, o que não está acontecendo", disse o deputado, que é líder da oposição.