O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse nesta quinta-feira (14) que, com base na Constituição, desconheceu o pedido apresentado na quarta-feira à noite por quatro deputados do PSDB pedindo a convocação da presidente Dilma Rousseff para depor. Ou seja, o pedido não teve validade formal. A oposição transformou depois o pedido de convocação em um requerimento de informações a Dilma.
O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), criticou duramente o pedido apresentado pela oposição, classificando-o de uma "agressão" à "nação brasileira" e motivo de "guerra política". Pimentel defendeu que a comissão rejeitasse ainda nesta quinta-feira o pedido para que não pairasse nenhuma dúvida sobre Dilma no momento em que é realizado um evento de importância internacional no país, a Rio+20.
Vital do Rêgo informou aos integrantes da comissão que não recebeu o requerimento por não ter amparo legal. "Esta presidência tem a responsabilidade constitucional de desconhecer e rejeitar liminarmente o requerimento", disse o presidente da CPI. "É um atentado à Constituição".
Nos bastidores, o pedido contra Dilma é um antídoto para tentar impedir a convocação de pessoas ligadas ao PSDB, como Paulo Vieira, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa do Estado de São Paulo responsável pela manutenção das rodovias submetidas à sua jurisdição). O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) Luiz Antonio Pagot, acusou-o de ter feito caixa dois para as campanhas dos tucanos José Serra à presidência e de Geraldo Alckmin, no Estado. Os petistas já haviam apresentado pedido para ouvir Serra, candidato do PSDB à prefeitura paulista.
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