Um dia depois da cúpula do PSDB acusar o comando da CPI mista do Cachoeira de direcionar os trabalhos da comissão para atacar o governador Marconi Perillo (GO-PSDB), o presidente da comissão, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) rebateu as acusações e saiu em defesa da CPI. Vital afirmou que "não há nenhum direcionamento" e os "ataques" dos tucanos são políticos, mas admite que o foco da comissão está em Goiás porque a organização criminosa investigada agia no estado.
"Dentro de um contexto efetivo que a geografia regional do fato determinado se impõe, a organização criminosa se estabeleceu majoritariamente dentro do Estado de Goiás. As pessoas muito mais inquiridas são de Goiás", afirmou o senador, durante entrevista em que fez um balanço dos trabalhos da comissão.
Vital não quis opinar sobre a possível reconvocação de Perillo para falar à comissão. Disse apenas que o requerimento que pede o novo depoimento do governador será analisado no início de agosto, quando a comissão volta a se reunir depois do recesso parlamentar de julho.
São 280 requerimentos, entre eles o da convocação de Perillo, que esperam a análise da CPI. Em agosto, a comissão vai trabalhar a partir do dia 7, às terças e quartas-feiras, para ouvir depoimentos e votar requerimentos. "Goiás é o território inicial da quadrilha. Isso é lógico, qualquer criança sabe disso, nasceu lá e passou a se estender por lá. Mas por ser o núcleo da quadrilha em Goiás, não é fator determinante o Perillo voltar ou não."
Perillo voltou ao foco da CPI depois da divulgação de relatório da Polícia Federal, segundo o qual o tucano teria recebido propina para liberar verbas para a construtora Delta, da qual o empresário Carlinhos Cachoeira é sócio oculto. As informações foram divulgadas pela revista "Época", no fim de semana.
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