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O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Roberto Gregório, entregou o relatório da Comissão de Análise da Tarifa aos vereadores da CPI da Urbs nesta quinta-feira (04). Em meio a questionamentos sobre o preço da tarifa, Gregório deixou em aberto a possibilidade de revisão dos contratos de licitação das empresas que operam o sistema de transporte coletivo.

Em sua fala inicial, o presidente da Urbs afirmou que há "insatisfação para os empresários e para a população". Questionado sobre o que poderia ser feito para melhorar a condição do sistema, Gregório disse que os contratos poderiam ser revistos, porém reiterou que essa ideia ainda é "muito prematura" e teria que ser melhor discutida.

Além dos integrantes da CPI, a reunião teve a presença de representes da Comissão de Análise da Tarifa, do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e de movimentos sociais. O relatório da tarifa, de 750 páginas, contém 106 recomendações para reduzir os custos do sistema e, por consequência, o preço da passagem de ônibus de Curitiba e região. A promessa da Comissão que elaborou o relatório é de disponibilizar o documento na internet ainda esta semana.

Críticas

O professor Lafaiete Neves, que fez parte da Comissão de Análise da Tarifa, criticou a forma como o preço da tarifa é composto atualmente. Segundo ele, algumas isenções e gratuidades deveriam ser retiradas do preço final. Um exemplo, segundo ele, seria a obrigação dos Correios ou das policias assumirem o custo dos deslocamentos de carteiros ou policiais – que não pagam passagem. Essa mudança poderia reduzir em até 15% o valor da tarifa, de acordo com ele.

Na reunião foi discutida a questão dos ônibus híbridos, que são caros, têm alto custo de manutenção e impactam fortemente o valor da tarifa. O vereador Bruno Pessuti (PSC) ressaltou, porém, que os veículos ajudam a reduzir a emissão de carbono, que pode gerar créditos de carbono. Gregório argumentou que investimentos em tecnologia – como os gastos com os ônibus híbridos – não deveriam entrar na conta da tarifa.

Outro ponto levantado é a demora no repasse de verbas para custos que impactam a tarifa, como a compra de combustíveis e pneus. Segundo Gregório, os valores foram estimados há algum tempo, o repasse demorou e não acompanhou a subida dos preços.

Próxima reunião

A próxima reunião da CPI acontece na Câmara Municipal na quinta-feira que vem (11) e terá a presença de representantes da Urbs e do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). O objetivo é discutir, ponto a ponto, a composição da tarifa. O encontro pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada.

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