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O presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), decide nesta quarta-feira (12) pelo arquivamento ou não da representação do PMDB contra o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Também nesta tarde, deverá ser protocolado pelo PSOL o último recurso contra a decisão de Duque de arquivar todas as investigações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A decisão de Duque nesta tarde sobre o futuro da ação contra Virgílio deve dar o tom dos debates na Casa. Caso a ação contra o tucano seja arquivada a tendência é de que o clima no Senado se arrefeça entre os aliados e opositores de Sarney. Na hipótese de abertura de processo, no entanto, a expectativa é que o clima ruim permaneça entre os senadores.

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), divulgou na sessão dea terça-feira (11) um conjunto de oito recomendações de boas maneiras a serem adotadas pelos colegas "dentro e fora da Casa".

Utilizar de linguagem escorreita, polida, compreensível e respeitosa, não fazendo uso de expressões atentatórias ao decoro parlamentar em seus discursos e debates" e "manter a ordem nas sessões" foram sugeridas por Tuma depois das recentes discussões registradas no plenário do Senado.

A primeira envolveu os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL) na segunda-feira (3). A segunda, registrada na quinta-feira (6), foi entre o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e, novamente, Calheiros.

Arthur Virgílio

A representação do PMDB tem como base um discurso do próprio tucano em plenário. Virgílio admitiu ter mantido durante mais de um ano em seu gabinete um funcionário que estudava na Espanha. O tucano já começou a devolver à Casa o dinheiro que foi pago ao funcionário neste período.

Outro tema abrangido na acusação feita pelo PMDB diz respeito ao tratamento médico da mãe de Virgílio, já falecida. A casa pagou o tratamento. O tucano afirma que o pagamento foi feito por que seu pai foi senador e os dependentes têm direito a assistência médica vitalícia.

A representação questiona também um empréstimo que teria sido feito pelo ex-diretor da Casa Agaciel Maia ao tucano. Virgílio estava no exterior e teve problemas em seus cartões bancários. Ele recorreu a um amigo, que, por sua vez, acionou Agaciel. O tucano diz ter quitado o empréstimo.

Caso Sarney

Em relação às ações contra Sarney, o PSOL deve recorrer nesta tarde do último arquivamento de pedido de investigação contra o presidente do Senado que ainda não foi contestado. Recursos relativos às outras dez ações já foram protocolados. Não há prazo para Duque pautar o tema. O presidente do Conselho de Ética adiou para a próxima semana a reunião do colegiado prevista inicialmente para esta quarta-feira.

A representação do PSOL reúne alguns temas. O partido pede investigação sobre o fato de Sarney ter ocultado uma mansão de R$ 4 milhões da justiça eleitoral e questiona também as supostas irregularidades cometidas pela Fundação José Sarney.

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