O deputado Pedro Corrêa (PP-PE) disse na CPI do Mensalão nesta quarta-feira que nunca tinha ouvido falar no mensalão, não acredita que tenha existido e só soube do assunto a partir das entrevistas e depoimentos do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Corrêa informou ainda que, como presidente nacional do PP, tinha como interlocutores no governo federal o então, ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-presidente do PT José Genoino. Corrêa disse que suas conversas com eles eram relacionadas aos assuntos de interesse do partido e do Executivo, como as reformas tributária e previdenciária e as indicações do PP para cargos comissionados nos estados.
O deputado afirmou ainda que nunca conversou com Dirceu sobre problemas financeiros e que, quando procurava Genoino para discutir o tema, era encaminhado ao então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Questionado pelo deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ) se o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, já recebeu algum benefício financeiro, seja mensalão ou mensalinho, Corrêa disse que não.
Segundo ele, Severino é um homem pobre, a ponto de morar em apartamento em nome da filha.
- Inclusive, não por causa de dona Amélia (mulher de Severino), a casa é descuidada, o sofá tem buracos e há coisas quebradas. Na casa em João Alfredo (PE) é a mesma coisa, não tem nada inteiro - descreveu.
Corrêa disse que é amigo do presidente da Câmara e o conhece há 40 anos.
O presidente do PP afirmou que é indispensável a votação da reforma política no Congresso. Ele destacou como pontos mais importantes a fidelidade partidária e a redução dos gastos de campanha.
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