Brasília (AE) Em depoimento na CPI do Mensalão, o presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), disse ontem que o ex-ministro-chefe da Casa Civil, o deputado José Dirceu (PT-SP), jamais prometeu ao partido dinheiro em troca do apoio ao governo. Ele disse que ia com freqüência à Casa Civil, mas que recebeu do petista apenas a garantia de que, em troca da adesão ao governo, o PP ganharia participação nos cargos de indicação do presidente Lula.
Depois de afirmar que desconhecia a existência do mensalão, Corrêa disse que o chefe de gabinete da liderança do PP João Cláudio Genu foi autorizado pelo partido a sacar R$ 700 mil das contas do publicitário Marcos Valério Fernandes e não R$ 4,1 milhões, como denunciou o empresário. "Nenhum outro saque feito por Genu era de conhecimento do partido nem foi autorizado pelo partido", garantiu. Segundo ele, os R$ 700 mil foram usados para pagar o advogado Paulo Goyaz, responsável pela defesa do deputado Ronivon Santiago (PP-AC), réu em 36 processos judiciais.
Ele afirmou que o ex-presidente do PT José Genoíno era seu interlocutor no governo, mas que nunca tratou de assuntos financeiros com ele. Sempre quando precisava conversar com o PT sobre problemas financeiros do PP, Corrêa disse que era orientado por Genoíno a procurar o então tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Ele entregou 12 volumes de documentos contendo seus sigilos telefônicos de suas residências em Brasília, Recife, de 17 celulares, da casa de sua mãe em Pernambuco, e de uma fazenda.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano