A acusação de que "correntes políticas de São Paulo" interferiram na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte para derrotar o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), foi fortemente rechaçada pela cúpula do PSDB "Não houve conspiração. Ponho a mão no fogo pelo governador José Serra", afirmou nesta segunda-feira (3) o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

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A manifestação de Guerra foi uma reação à entrevista publicada hoje pelo jornal "O Estado de S.Paulo", em que o prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), reclamou da ajuda financeira paulista à campanha de seu adversário Leonardo Quintão (PMDB). Lacerda disse que o apoio veio de "correntes que não querem o sucesso de Aécio", em referência velada a Serra. Afirmou, ainda, que nem o presidenciável do PSB, Ciro Gomes, nem o governador mineiro têm "aquela fome de ser presidente que Serra tem".

"Não sei o que o Márcio Lacerda quis dizer, mas sei o que se passou: Ninguém no partido trabalhou contra a campanha dele", contestou. O senador sustenta que Serra teve uma "atitude de lealdade" em relação à campanha do PSDB em Belo Horizonte.

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Também não tem queixa alguma de Aécio, um dos incentivadores da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. "Aécio colaborou com a vitória do PSDB em São Paulo", garante. Sérgio Guerra afirma que os dois governadores atuaram na eleição municipal "com a mesma unidade e o mesmo esforço", pela vitória do PSDB no Brasil inteiro.

"Todos nós torcemos para que Márcio Lacerda fosse prefeito de Belo Horizonte, para que prevalecesse a unidade de Minas Gerais e para que o populismo não vencesse aquela eleição", atesta Guerra. A coligação mineira para eleger Lacerda foi examinada e aprovada pela executiva nacional tucana em poucos minutos. "Não houve contestação alguma", recorda o senador.

Lembra, ainda, que tanto Serra como Aécio participaram de campanhas tucanas em cidades estratégicas, como Curitiba e Londrina, e ajudaram candidatos de vários Estados, entre os quais Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Sul. "Os dois se empenharam, foram lá, fizeram discurso", recorda. "O testemunho que dou é que tanto Serra quanto Aécio fizeram campanha no Brasil inteiro sempre no palanque do PSDB e com grande solidariedade".