Brasília (Folhapress) Os integrantes da CPI dos Correios podem convocar o presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), para depor. "Vamos analisar na bancada para termos uma decisão sobre a possível convocação de Azeredo", afirmou o deputado Maurício Rands (PT-PE).
Segundo ele, está provado que o esquema de Marcos Valério é uma continuidade do financiamento de campanha que veio do passado. O PT tem que fazer sua autocrítica, mas isso não impede que a sociedade saiba deste caso. Rands disse ainda que, se necessário e a oposição quiser, eles poderão apoiar também a convocação do ex-presidente do PT, José Genoíno.
Reportagem do jornal O Globo de ontem mostra que a empresa DNA, de Marcos Valério, contraiu um empréstimo no Banco Rural em 1998 de R$ 11,7 milhões. No mesmo ano, sua outra empresa, a SMP&B repassou mais de R$ 1,6 milhão a 70 políticos da coligação de Azeredo.
O presidente do PSDB diz que sua campanha teve a publicidade gerida pela agência Duda Mendonça e que as contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais. Azeredo negou a notícia e acusou o PT de dar um "abraço de afogado" na tentativa de afundar seu partido.
"O que essa notícia demonstra é que esse padrão de comportamento das empresas de Marcos Valério ocorriam pelo menos desde 1998 com a campanha da coligação PSDB-PFL ao governo de Minas Gerais", disse o líder do governo Aloízio Mercadante.
"Fico indignado! São coisas totalmente diferentes! Isso foi há sete anos!", rebateu Azeredo.
Um deputado do PFL já adiantou que o partido não sairá em defesa de Azeredo. Segundo esse deputado, quando Roberto Brant (PFL-MG) foi acusado, os tucanos não saíram em sua defesa.
Já o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse que "o PT vai ter que expiar suas culpas sem jogá-las para os outros". "O caso de Azeredo ocorreu em outro momento, é café requentado, é um ato restrito a ele, mas não há dificuldade de ouvi-lo. O que me preocupa é a possível observação do PT: pegamos eles, agora está um a um." "É bem provável que ele (Azeredo) tenha que depor lá na frente", acrescentou.
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