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O presidente do PSDB paulista e secretário dos Transportes e Logística do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira, afirmou que até o momento não há elementos institucionais e nem constitucionais para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, Nogueira citou o escândalo da Petrobras e sinalizou que aparecendo esses elementos nas investigações, um pedido de impedimento da presidente pode ocorrer.

Presidente da Câmara diz que não há espaço para discutir impeachment

"Até agora não há elementos institucionais e constitucionais para afirmar a questão de impeachment. Mas o Brasil tem solidez institucional. Se houver novos fatos, isso (impeachment) também não está descartado. O que não pode é haver impunidade", disse o tucano.

Nogueira, que é deputado federal licenciado, afirmou que o segundo mandato da presidente começa com a "herança ruim que ela mesma plantou" e que a série de indicadores negativos da economia é fruto do desarranjo do primeiro governo de Dilma. "Há uma série de indicadores na economia fruto do desarranjo do primeiro governo, ela colhe uma herança muito ruim que ela própria plantou, do ponto de vista fiscal, inflacionário, aumento de taxa de juros. Começa um segundo governo com muito desgaste", analisou.

Para o líder partidário, há ainda "desarranjos enormes" na base do governo na Câmara dos Deputados, iniciados durante o processo fracassado de lançar a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) nas eleições para a presidência da Casa, vencida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha, aliás, ganhou elogios de Nogueira. Segundo o secretário, o presidente da Câmara começou bem o mandato, pautando temas de interesse da sociedade, entre eles a reforma política. "Cunha começou bem, está afinado com o que a sociedade espera do Congresso, que é decidir sobre os grandes temas que o País espera", disse.

Cunha mostrou ainda austeridade, de acordo com Nogueira, ao marcar votações para dias normalmente de pouco movimento na Câmara, como segunda-feira e quinta-feira.

Nogueira admitiu que o PSDB teve votos nas eleições de representantes da extrema direita, que pedem inclusive a intervenção militar, mas classificou o partido como de centro-esquerda. "O PSDB é um partido de centro-esquerda, pode ter recebido votos de todos esses segmentos, mas não transita com eles. O PSDB jamais apoiou ou apoiará qualquer intervenção militar", afirmou.

O presidente do PSDB paulista avaliou ainda que a queda de popularidade do governador Geraldo Alckmin mostrada pela pesquisa "Datafolha" ocorreu na esteira das quedas também de Dilma e do prefeito paulistano Fernando Haddad (PT). "É bem diferente do nível de rejeição da presidente e do prefeito. Quando o cidadão vê esse ambiente de desânimo nacional, coloca todos os governantes em situação de desgaste. Indiretamente, o governador sofreu um pouco de tudo isso que não dependeu dele próprio", defendeu o tucano, que disse ainda que a população de São Paulo sabe que Alckmin é um "trabalhador incansável".

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