Falcão, presidente do PT, participou de evento da sigla em Curitiba.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, afirmou na manhã deste sábado (21), em um Congresso da agremiação em um hotel de Curitiba, acreditar na inocência da senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT), que está na lista de 45 parlamentares que serão investigados por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras. O doleiro Alberto Youssef teria dito em depoimento à Justiça Federal ter pago R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi em 2010 em quatro parcelas. A petista nega e diz que não conhece Youssef.

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Após afirmar que colocaria a “mão no fogo” pela senadora, Falcão disse que Gleisi já prestou esclarecimentos ao partido. “Julgamos suficientes as informações que ela nos deu. Foi uma doação legal, declarada, e sobre a qual não deve pesar nenhuma suspeita.”

De acordo com Falcão, assim como Gleisi, os demais filiados ao PT relacionados na Operação Lava Jato também apresentaram suas defesas, consideradas por ele convincentes. “Todas as pessoas que estão listadas são inocentes até prova em contrário. No caso do PT, qualquer filiado que comprovadamente tenha participado de qualquer ilícito é expurgado. Esse não é o caso dela [Gleisi]”, disse.

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Manifestações

Sobre a onda de protestos do domingo (15), Falcão disse que os atos representaram uma reafirmação da democracia. No entanto, apontou que esse movimento não deve configurar uma antecipação das eleições. “O importante também é que essas manifestações se situem no limite da democracia e que não haja violência, depredação e, sobretudo, aqueles que estão descontes com a presidenta, que esperem até 2018 se quiserem mudar o governo.”

Quanto à polêmica sobre a quantidade de manifestantes, o presidente do PT disse que esse não deveria ser o foco principal das análises. “A Polícia Militar de São Paulo e algumas emissoras disseram que havia um milhão de pessoas. Entretanto um instituto de pesquisa que media disse que havia 210 mil. Isso não é relevante para menosprezar a manifestação, mas é curioso que se inflem os números não sei com que objetivo.”

De acordo com ele, na época da ditadura ou mesmo em governos anteriores, esse tipo de manifestação jamais seria possível.

Reforma política

Falcão chamou a atenção ainda para o financiamento público de campanhas. Segundo ele, o financiamento empresarial é “um câncer nas eleições”.

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