Em discurso na comemoração de dez anos de governo petista, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu o governo Dilma Rousseff e chamou partido a lutar contra "agourentos do terrorismo econômico". "Para cumprir nossa missão, é fundamental, agora, travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos, os porta-vozes do neoliberalismo, os agourentos do terrorismo econômico --esta barulhenta torcida do contra, cujo coro ortodoxo vocaliza tons numa escala que vai de um ex-presidente da República até uma desmoralizada agência de avaliação de risco e suas notas fajutas", disse, sem mencionar os nomes de Fernando Henrique Cardoso e da Standard & Poor's.

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Falcão criticou ainda a defesa feita pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) de uma política de contenção de gastos."Em recente programa de TV de seu partido, um de nossos futuros oponentes, em tom de campanha eleitoral, propôs juros mais elevados e o corte de gastos públicos. Traduzindo o economês do candidato --cuja concepção mescla ideias de garças e tucanos-- as medidas sugeridas podem afundar novamente o Brasil numa recessão".

Segundo ele, está em curso no país um deliberado movimento, passadista, inconformado, solerte, cuja intenção é a de criar --no povo que eles imaginam desavisado-- um clima de insatisfação, insegurança, desconfiança e pessimismo".

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Barões da mídia

O presidente do PT também incitou a militância a lutar conta o que chamou de oligopólios e monopólios, incluindo o setor financeiro e a mídia. No discurso, ele pregou "reformas estruturais, na área tributária, no sistema político-eleitoral, no aparelho de Estado e na comunicação social".

"Tenho dito e repito aqui: são quatro grandes monopólios ou oligopólios que urge desmontar: o monopólio do dinheiro, controlado pelo capital financeiro; o monopólio da terra, em mãos dos latifundiários que se opõem à reforma agrária; o monopólio do voto, garantido pelo financiamento privado e o poder econômico; e o monopólio da opinião e da informação, dominado pelos barões da mídia."

Movimentos sociais

Falcão deixou evidenciar ainda uma crítica do PT à relação do governo Dilma com os movimentos sociais ao afirmar que são eles o suporte da administração petista. "Nossa militância --e aqui incluo dirigentes, parlamentares, executivos municipais, estaduais e federais-- precisam ficar cada vez mais próximos dos movimentos sociais organizados, que são a linha de frente e a retaguarda estratégica do nosso projeto nacional."

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