Vargas disse que iria renunciar, mas voltou atrás| Foto: Laycer Tomaz/ Câmara dos Deputados

Um dia após pedir ao deputado federal licenciado André Vargas (PT-PR) para que renunciasse ao mandato, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, passou a fazer corpo a corpo com parlamentares para solicitar apoio. Falcão apresentou ontem um cenário adverso à permanência de Vargas como parlamentar no encontro realizado na liderança do partido na Câmara. O petista afirmou que tenta por meio de argumentos convencer os deputados de que o melhor caminho para a legenda é que Vargas deixe o mandato.

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Apesar de mostrar o desejo pela perda de mandato, Falcão sempre usa a ressalva de que uma decisão de renúncia seria algo de foro íntimo. "Não é o caso de a bancada votar se ele deve renunciar ou não, mas ficou claro que há uma preocupação grande com a evolução dos fatos", afirmou. "Eu continuo achando que a melhor solução é que o companheiro André Vargas deveria renunciar. Mas essa é uma decisão personalíssima, a gente não pode votar isso, nenhuma bancada impõe às pessoas a renúncia, mas é um pedido que temos feito para ele e reiterado", acrescentou.

Segundo o presidente nacional da sigla, o principal raciocínio usado é a preservação da agremiação num período eleitoral, e do próprio deputado licenciado, que "teria uma melhor condição de defesa" fora do mandato. Apesar dos apelos de parte da cúpula do partido, Vargas passou os últimos dias sem dar declarações públicas sobre a situação e também, até o momento, não sinalizou que pretende abrir mão do cargo.

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Vargas passou a ser alvo de um processo disciplinar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e na legenda, após a divulgação de que teria utilizado um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato.