O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira (29) que o seu correligionário Jose Genoino merece cuidados especiais. "Todos os cuidados que os laudos (médicos) apontam que ele deve merecer nenhuma prisão pode garantir", disse.
Segundo Falcão, Genoino precisa de alimentação especial e acompanhamento regular da pressão sanguínea. "Por todas as razões médicas e humanitárias ele deveria ter direito não só a prisão domiciliar como a aposentadoria", completou. Em nota divulgada nesta quinta-feira, a defesa do deputado licenciado José Genoino (PT-SP) diz que recebeu com "perplexidade e indignação" a rejeição de junta médica da Câmara ao pedido de aposentadoria por invalidez feita pelo petista.
Composta por quatro servidores da Casa, a junta médica anunciou ontem que Genoino, condenado no processo do mensalão, não é portador de cardiopatia grave. O grupo, no entanto, pediu um prazo de mais 90 dias para dar um laudo definitivo sobre o pedido de aposentadoria por invalidez feito pelo deputado em setembro. A decisão complica a situação do deputado que pode ter um pedido de cassação iniciado na próxima terça-feira quando a Mesa Diretora da Câmara se reúne para discutir o assunto.
Privilégios
Sobre a determinação da Justiça do Distrito Federal para que os condenados do mensalão recebam, no presídio da Papuda, o mesmo tratamento dado aos demais presos, Falcão disse que "não comenta decisão da Justiça". O petista disse que não constatou privilégios na visita que fez aos companheiros na prisão. "Tinha uma sala modesta na qual eles podiam receber as pessoas. Imagino que outros presos em situação semelhante têm os mesmos direitos" disse.
Questionado se algo está faltando aos companheiros presos, Rui disse que não fez essa pergunta a eles. "Falta liberdade! Ninguém na prisão tem a mesma situação que tem em casa", disse.
O presidente do PT evitou comentar a situação do ex-ministro da casa civil, José Dirceu, que mesmo condenado e preso, conseguiu um emprego em um hotel de Brasília, com um salário de R$ 20 mil. "Ele tem um contrato de trabalho. O empregador propôs aquele trabalho. É uma relação privada entre empregado e empregador."
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