O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta segunda-feira (6) que quer aprovar o mais rapidamente possível o nome indicado pelo presidente Michel Temer à vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia do presidente do Senado é realizar a sabatina do nome e a votação no plenário do Senado no mesmo dia. No início da noite, Temer oficializou a indicação do nome do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, para a Corte.
O PMDB do Senado vai definir na terça-feira (7) o nome para comandar a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), que vai sabatinar Alexandre de Moraes. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse que reunirá a bancada para fechar a questão e que, se necessário, haverá votação. O presidente do Senado tinha pedido a Renan que resolvesse o assunto nesta segunda, mas vai reforçar o pedido a todos na reunião de líderes dos partidos na Casa desta terça.
Alexandre de Moraes defendeu empresa acusada de ligação com o PCC
Leia a matéria completaRenan disse que tentará o consenso, mas há uma briga interna. O grupo do ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e do próprio Renan quer o senador Edison Lobão (PMDB-MA) comandando a CCJ. Até porque lá passarão os processos sobre senadores, abuso de autoridade ou mesmo foro privilegiado. Mas o nome do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que foi presidente da comissão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, é apoiado pelos demais e tem o apoio discreto do presidente da Casa, que o defendia quando era ainda líder do partido. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) quer a vaga, mas não leva porque é nova no partido.
“Às 15h desta terça-feira, vou reunir a bancada, vou tentar construir um acordo”, disse Renan.
O PMDB ficará com a CCJ, mas abriu mão da segunda maior comissão em favor do PSDB. Com isso, o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) será o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião