O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (5) que vai criar uma comissão de sindicância para investigar denúncia de que representantes da Petrobras receberam com antecedência o "gabarito" com perguntas que seriam feitas na CPI da Petrobras no Senado.
Renan afirmou que os trabalhos da CPI devem continuar mesmo assim. "Não precisa suspender [a CPI], precisamos apurar absolutamente tudo que foi denunciado e apurar as responsabilidades de quem as tenha", disse.
Segundo Renan, a sindicância foi solicitada pelo presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB). Questionado se considerava grave a denúncia, o presidente do Senado respondeu positivamente. Mais cedo, Vital do Rêgo disse que também pediu à Polícia Federal para investigar a denúncia.
Integrante da CPI, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse não saber que as perguntas haviam sido enviadas aos depoentes com antecedência e cobrou esclarecimentos do relator, José Pimentel (PT-CE). "Como membro da CPI, tenho recebido as perguntas do relator, que desde o início optou por esse método, de ele mesmo monopolizar todos os questionamentos, nós os senadores temos recebido na hora, então é necessário que haja um esclarecimento, sobretudo do nosso relator", afirmou Vanessa.
Reportagem da revista "Veja" afirma que a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró receberam antecipadamente as perguntas que responderiam na CPI do Senado.
Em nota, Pimentel negou que tenha repassado as perguntas aos membros da Petrobras, mas admite que elaborou uma lista comum de questionamentos para serem feitos aos depoentes.
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