Em entrevista por telefone, o presidente do Sindicato de auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep), José Carlos Carvalho, afirmou que a solução idealizada de transferência de dinheiro para o governo ou para o Provopar nunca foi concretizada. “Não houve uma proposta. Houve a consulta da possibilidade”, disse. “E agora não dá nem para tentar, porque o estado está quebrado.”
Segundo ele, o sindicato procurou a ajuda de Fernanda Richa para resolver a questão em função da parceria que já havia entre os auditores e a Provopar. “[Procuramos] porque nós temos essa parceira com o Provopar. Nós estamos nos agarrando até em fio de alta tensão, falando com um, falando com outro para tentar resolver isso.”
Segundo Carvalho, Fernanda Richa teria dito que não poderia ajudar. “Ela disse: ‘Não é minha área, não vou me envolver, não posso fazer nada’.” Na gravação da reunião, os auditores dizem que Fernanda teria dito que pediria ao então secretário da Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani, que desse atenção aos pleitos da categoria e teria dito que conversaria com o marido, o governador Beto Richa (PSDB), sobre o tema.
Segundo Carvalho, a dívida continua se acumulando e já estaria hoje em mais de R$ 1 bilhão.
Sem acordo
Procurado pela reportagem, o escritório de advocacia Bacellar & Andrade, um dos responsáveis pelas ações do Sindafep contra o governo, diz que não acredita que caiba acordo nesse tipo de processo. Afirmou ainda que não orientou nem orientaria seu cliente a fazer repasse de verbas para o governo do estado. O escritório disse ainda que o contrato entre as partes é sigiloso e que, portanto, não revelaria os porcentuais de honorários previstos nem se haveria possibilidade de abatimento em caso de pagamento administrativo. (RWG)
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