O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Mariano Alonso Ribeiro Travassos, lamentou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que concluiu pela aposentadoria compulsória de dez magistrados do Estado.
Na avaliação do desembargador, "o julgamento fugiu aos limites jurídicos para assumir condenável contorno político, vitimando o direito e a Justiça e atingindo de forma irreparável a instituição judiciária de Mato Grosso".
Ribeiro Travassos faz parte da lista de dez magistrados punidos pelo CNJ por envolvimento em esquema de desvio de recursos superiores a R$ 1,4 milhão. O objetivo do esquema, segundo o CNJ seria socorrer investidores que aplicaram dinheiro em cooperativa de crédito criada por uma ordem maçônica.
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do TJ-MT, "o presidente reiterou a proclamação de sua inocência, rechaçando, de forma contundente, a assertiva de que teria sido parte integrante de um esquema montado para beneficiar a maçonaria".
Travassos reiterou que não faz parte da maçonaria e não repassou qualquer valor à instituição a qualquer título. Ele disse que na época em que os fatos ocorreram (entre 2003 e 2005) ocupava o cargo de corregedor-geral da Justiça e, como tal, não lhe competia a função de autorizar, determinar ou fiscalizar quaisquer pagamentos por não ser ordenador de despesas, cuja atribuição, pelo regimento interno do TJ-MT, cabe ao presidente da instituição.
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