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Presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo optou por ficar em silêncio durante o interrogatório. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo optou por ficar em silêncio durante o interrogatório.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, o executivo Elton Negrão e o ex-diretor Paulo Dalmazzo ficaram calados durante interrogatório na manhã desta sexta-feira (13) na Justiça Federal, em Curitiba. Os três afirmaram ao juiz Sergio Moro que, seguindo orientação dos seus advogados, não responderiam às perguntas formuladas por ele, pelo Ministério Público Federal (MPF) e por advogados de outros réus deste processo.

Preso desde 19 de junho, Otávio aproveitou a oportunidade de falar em uma audiência gravada em vídeo pela Justiça Federal para agradecer o apoio que está recebendo da família e dos amigos. Ele está detido no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, junto com Negrão. “Queria rapidamente fazer agradecimento a minha família, que nesses 150 dias me suportou, me apoiou, a meus familiares, amigos, e dizer que por orientação dos meus advogados, vou permanecer em silêncio”, afirmou o presidente da empresa, enquanto se dirigia a Moro.

Duque recebia R$ 60 mil de propina em envelopes pardos toda semana

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Único do trio que está respondendo ao processo em liberdade, Dalmazzo fez uma breve defesa ao falar com o juiz Moro na manhã desta sexta-feira: “Apesar de os fatos imputados a minha pessoa não fazerem relevância porque eu nem na companhia estava, por orientação da minha advogada, me reservo ao direito de ficar em silêncio”.

Executivos e ex-funcionários da Andrade Gutierrez foram acusados pelo MPF de pagar propina em dez contratos assinados com a Petrobras diretamente ou por meio de consórcios. O lobista Mario Goes, que assinou acordo de delação premiada com a Justiça, afirmou que utilizou empresas para transferir dinheiro da empreiteira para o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco.

Ao ser interrogado na quarta-feira como réu desse mesmo processo, Barusco confirmou que recebeu propina da Andrade e revelou que fazia repasses semanais a seu superior na estatal, o ex-diretor de Serviços Renato Duque, em envelopes pardos em que cabiam R$ 60 mil.

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