Na análise do presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), houve sucesso por parte dos deputados em 2006. "Tudo o que era de interesse público foi votado. Foram mais de 600 projetos e mensagens." Para ele, o ponto alto foi a aprovação do voto aberto. A não-instalação da TV Assembléia, segundo Hermas, não pode ser considerada uma questão prejudicial. "Houve uma empresa que ficou em sexto lugar na licitação, achou ruim e entrou na Justiça. Mas, com certeza, se existisse a tevê, haveria mais acompanhamento por parte do cidadão, que precisa cobrar mais dos parlamentares."
Entre os avanços destacados por Hermas Brandão, estão a demissão de 2.400 funcionários, a aprovação do Plano de Cargos e Salários do Legislativo, que hoje possui cerca de 580 servidores efetivos, e a eliminação de veículos dos deputados. Hoje os parlamentares não têm mais direito a carros oficiais. "Já a diminuição do recesso parlamentar é mais para discurso de alguns. Se os projetos estão sendo votados em dia, está tudo bem."
Benefícios
O petista Tadeu Veneri também admite que houve avanços no Legislativo. "Mas foi muito aquém do esperado e do necessário", disse. Entre os fatores positivos, estão a votação do salário mínimo regional, que passou para R$ 437, e a derrubada do voto secreto nas sessões. "Mas os pontos negativos são muito mais expressivos. A CPI do Grampo, por exemplo, feita para não se chegar a lugar algum, faz com que o cidadão desacredite nos políticos."
Essas medidas, hoje cobradas por alguns e criticadas por outros, são promessas do deputado Alexandre Curi (PMDB), candidato a primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, setor responsável pelo controle da verba da Casa, para 2007, caso eleito. "Temos de dar prioridade à TV Assembléia. Essa foi uma falta grave. E temos de mudar o regimento interno. As CPIs, por exemplo, têm de ter prorrogação de prazos. Muitos outros projetos que não foram votados e deveriam não ocorreram devido à não-entrada na pauta do dia, cuja responsabilidade é do presidente."
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