Após o ex-procurador-geral do Estado Sérgio Botto de Lacerda, em carta, ter chamado o governador Roberto Requião (PMDB) de omisso, desleal e permissivo, e das inúmeras denúncias de irregularidades no governo do estado feitas por opositores, políticos contrários à atual administração estadual marcaram uma reunião para analisar medidas de combate à "crise política paranaense". O encontro, organizado pelo presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, será na segunda-feira, às 10 horas, na sede do partido.
Estarão presentes à reunião quatro presidentes estaduais de partidos políticos de oposição a Requião, além de Bueno. Pelo PDT estará o senador Osmar Dias; pelo PSDB, o deputado estadual Valdir Rossoni; do DEM o representante será Abelardo Lupion; e do PSB, Severino Nunes. "Vamos discutir uma posição conjunta e quais atitudes podemos tomar diante da gravíssima crise política e ética criada pelo governo Requião", afirmou Bueno.
Segundo o presidente do PPS, todos esses políticos "concordam que não é mais possível atuar de forma isolada nem calar-se diante do descalabro que se tornou o governo do Paraná". Na opinião de Bueno, as denúncias de corrupção são inúmeras; e o governo ainda promove agressões às instituições públicas e afrontas insuportáveis à lei. "E isso tem ocorrido diariamente. Não se pode esquecer o contencioso econômico-financeiro de bilhões de reais que será legado por este governo para ser pago pelos paranaenses, por causa de bravatas e derrotas sistemáticas sofridas pelo governo em todas as instâncias da Justiça, desmoralizando o estado."
Rubens Bueno confirmou que a gota dágua para a convocação do encontro dos líderes políticos paranaenses foi a carta de demissão de Botto de Lacerda da presidência do Conselho de Administração da Paranaprevidência. No texto, Botto fez duras críticas ao antigo chefe. "Mais uma vez assistimos a uma exposição lamentável das vísceras do governo Requião."
Segundo Bueno, é lamentável que o governador haja com "cinismo", sem tomar qualquer atitude a respeito do quem vem sendo denunciado.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião