Campo Mourão O funcionário público com cargo em comissão na prefeitura de Fênix, na Região Centro-Oeste do estado, Sidnei Aparecido Farias, de 33 anos, foi preso ontem, por volta das 14 horas, acusado de ser o mandante da morte do prefeito Manoel Custódio Ramos, de 52 anos. Ramos foi assassinado com cinco tiros no dia 4 de fevereiro por volta das 23 horas, minutos após estacionar o carro na garagem.
Segundo informações da Polícia Militar, o prefeito saiu de um churrasco com amigos e retornou para a sua residência acompanhado da namorada de 17 anos, para buscar uma garrafa de água mineral, uma pessoa ainda não identificada, chamou-o até o portão da casa. Ao descer do automóvel e atender o chamado, o prefeito foi atingido inicialmente por dois tiros, um na cabeça e outro no tórax, disparados por um homem que usava camisa regata, boné e short.
O autor, antes de fugir a pé, deu mais três tiros que acertaram o tórax do prefeito quando ele já estava no chão. A namorada, ao ouvir os tiros, saiu do carro, um Vectra 2005 com vidros escuros, para tentar socorrer o prefeito, mas segundo o seu depoimento, o autor, além de atirar contra ela e acertar a tampa traseira do automóvel, mandou-a que entrasse novamente. Populares e vizinhos tentaram socorrer o prefeito, mas ele acabou morrendo no local.
Segundo o delegado, Claudimar Lúcio Lugli, de Engenheiro Beltrão, Farias que era braço direito e chefe do almoxarifado da prefeitura, teria procurado um traficante da região e oferecido a ele R$ 15 mil para assassinar o prefeito depois que Ramos cortou vários privilégios do funcionário. O traficante além de não aceitar a proposta, denunciou Farias à polícia. "Caiu a primeira peça do dominó. Já temos o nome do executor e mais pessoas serão presas nos próximos dias". Para o delegado, o funcionário público não teria condições financeiras de pagar a quantia oferecida ao traficante. "Tem mais pessoas envolvidas no crime atrás de Farias", comenta Lúcio. Conforme ele, a prisão preventiva do acusado foi analisada pelo juiz da comarca de Engenheiro Beltrão, pelo Ministério Público e baseada em fortes indícios, com depoimentos de testemunhas. "Nos próximos dias, o dominó inteiro cai".
Farias que deverá ser interrogado nas próximas horas prestou depoimento informal, ontem, à polícia e negou a sua participação no crime.
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