O secretário municipal de Obras Foz do Iguaçu, Carlos Juliano Budel, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira (3), após ser preso durante a segunda etapa da operação que investiga a prática de desvio de dinheiro contra a administração pública. O pedido, que vale também para um segundo cargo que Budel ocupava, o de superintendente do Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), foi aceito e publicado no Diário Oficial do município.
O ex-secretário e ao menos outras nove pessoas, incluindo o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB), são suspeitos de envolvimento em um esquema que desviou dinheiro de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Sistema Único de Saúde (SUS). O prejuízo aos cofres públicos chegaria a R$ 4 milhões, de acordo com a Polícia Federal.
Na primeira fase da operação, no dia 19 de abril, Pereira foi conduzido coercitivamente à delegacia da PF. Agentes da polícia encontraram na casa dele R$ 120 mil em espécie. À época, o prefeito negou envolvimento e disse que iria instaurar um processo investigativo dentro da prefeitura para apurar a situação. No mesmo dia, Budel e outras três pessoas prestaram depoimento à polícia, enquanto outras quatro foram presas preventivamente.
Já nesta fase, além de Budel, foi preso o diretor de pavimentação do município, Ayres da Silva.
Nesta quarta (4), a reportagem entrou em contato com a defesa de Budel, que prometeu retornar mais tarde para passar declarações sobre o caso. Até às 10h25, ainda não havia sido possível localizar o diretor de pavimentação para ouvir o lado dele na história.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o nome do novo secretário de Obras do município já foi definido. Já quem vai ocupar o cargo vago da Foztrans será divulgado nesta quinta (5), após a confirmação do convite pelo indicado.
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