Um empresário de Curitiba e outras 11 pessoas foram presas nesta sexta-feira (1º) durante a Operação "Bruxelas", da Polícia Federal (PF), que aconteceu simultaneamente no Paraná e em outros quatro estados e no Distrito Federal.
Este empresário da capital paranaense, seria, segundo a PF, um dos cabeças de uma organização criminosa suspeita de falsificar e negociar diversos títulos de crédito internacionais e documentos de autenticação, dentre eles o documento denominado "Swift" ("Society for Wordwide Interbank Financial Telecommunication". Ele foi preso em casa, no bairro Água Verde.
Além do empresário, outras cinco pessoas foram detidas em São Paulo, quatro em Goiás, uma no Distrito Federal e outra no Pará. Dois outros membros do bando, um deles português, estão sendo procurados no Brasil e no exterior. A PF não divulgou os nomes dos suspeitos de integrar a quadrilha porque o caso estaria correndo em segredo de justiça. A PF pode prender outros envolvidos.
Os presos seriam encaminhados ainda nesta sexta para prestar esclarecimentos em Brasília, onde estão concentradas as investigações. O empresário de Curitiba chegou na capital federal no início da noite e prestaria depoimento nesta sexta.
Ao todo, participaram da operação 124 policiais federais. A justiça expediu 14 mandados de prisão, 12 foram cumpridos, e 22 de busca e apreensão - nenhum destes no Paraná.
Entre os presos estão empresários, um funcionário do Senado e um advogado que intermediou operações na Dinamarca e nos Estados Unidos. Os suspeitos responderão por crimes de falsificação de títulos de crédito, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Investigações
De acordo com a PF, as investigações tiveram início em junho de 2006. Neste ano, foi descoberta uma organização criminosa que vinha falsificando e negociando no Brasil e outros países títulos de créditos falsos em nome de instituições financeiras brasileiras. Os valores de face variam de 50 milhões de dólares a um bilhão de dólares ou euros. A ação estaria causando enormes prejuízos à credibilidade e à imagem de instituições bancárias.
Conforme a PF, a quadrilha negociou garantias bancárias, notas promissórias, contratos de joint venture, e letras de crédito em mais de 20 países como Estados Unidos, África do Sul, Equador, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra, Eslovênia, Rússia, Peru, México, Holanda, Romênia, Espanha, Ucrânia, Coréia do Sul, Hong Kong, China, Canadá, Emirados Árabes, Áustria, Suíça e Argentina.
Swift
A swift está sediada na Bélgica no National Bank of Belgium, o banco central da Bélgica com sede em Bruxelas, capital daquele país.
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