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Atentado violento ao pudor e fotos de adolescentes com intuito pornográfico são alguns dos crimes que o estudante de direito e estagiário da defensoria pública de Cornélio Procópio, Luiz Guilherme Nogueira, 30 anos, cometeu na madrugada desta terça-feira (21) contra duas adolescentes, uma de 15 e outra de 13 anos em Cornélio Procópio, Norte Pioneiro. Ele foi preso na manhã desta terça-feira pela Polícia Civil da cidade, depois que as adolescentes voltaram para casa.

Segundo o delegado da subdivisão de Cornélio Procópio, José Aparecido Jacovós, no início da manhã Nogueira levou a garota de 13 anos para a casa da mãe e a de 15 para a casa da avó, ambas no Distrito de Congonhas. "A mãe da menina [de 13 anos] levou ela para o Hospital porque a filha estava dopada e nos avisou. Nós fomos até o Hospital e a garota nos indicou a amiga, que nos indicou o endereço dele", explica o delegado.

Conforme o delegado, a adolescente de 15 anos contou que Nogueira comprou bebidas alcoólicas e obrigou as meninas a vestirem camisolas da esposa. "As garotas disseram que sentiram um pó branco e um gosto de remédio no refrigerante. Um vizinho dele confirmou que ele foi pedir remédio. Ele queria que elas tomassem bebida alcoólica também, mas uma delas se recusou e a outra tomou apenas um pouco", afirma.

Nogueira foi preso em situação de flagrante, pois portava um celular com fotos pornográficas e estava destruindo provas, lavando um colchão sujo de sangue. No celular, a Polícia encontrou fotos de Nogueira abusando sexualmente das adolescentes, além de camisolas também sujas de sangue e calmantes usados para dopar as meninas.

Se for confirmado que houve relação sexual durante a madrugada, enquanto as adolescentes estavam dopadas, a pena de quatro anos que Nogueira pegaria por causa das fotos, pode se agravar. "As meninas não se lembram do que houve durante a noite. Mas a perícia vai dizer se houve relação sexual", diz o delegado.

A mãe da adolescente de 15 anos, Limárcia Pallagano, que mora em Cornélio Procópio, afirma que a filha conheceu a outra adolescente enquanto passava alguns dias na casa da avó no Distrito de Congonhas. "Ela veio para a cidade com um primo dessa menina e disse que iam voltar para Congonhas de ônibus. Foi quando ele [Nogueira] ofereceu carona para as meninas. Ele disse para eu não me preocupar que ele levaria as meninas para lá", diz.

Nogueira, que tem esposa e um filho que estão em tratamento médico em Londrina, é conhecido da família. "Ele já namorou minha filha mais velha. Como eu ia imaginar que aconteceria uma coisa dessas? Em quem a gente vai confiar?", desabafa.

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