Preso nesta terça-feira durante a 16ª fase da Operação Lava Jato, o presidente licenciado da Eletrobras, Othon Luiz Pinheiro da Silva, liderou o Programa Nuclear Paralelo entre 1979 e 1994. Executado sigilosamente pela Marinha, o programa resultou no desenvolvimento da tecnologia 100% nacional de enriquecimento do urânio pelo método de ultracentrifugação. Engenheiro e vice-almirante reformado, Othon disse, em entrevista ao Globo em março do ano passado, que o objetivo inicial do projeto foi desenvolver a tecnologia de propulsão nuclear e admitiu que os governos militares da época tinham interesse bélico no programa.

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Nascido em Sumidouro, no interior do Rio, Othon pediu licença do cargo de presidente da Eletronuclear em abril, após notícias de que teriam sido feitas negociações para pagamento de supostas propinas a Silva nas obras da usina nuclear de Angra 3.