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Preso na segunda-feira pela Polícia Federal na 10ª fase da Operação Lava Jato e denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), Lucélio Roberto Von Lehsten Goes, de 36 anos, aparece como sócio em seis empresas, entre elas a Riomarine Oil e Gás Engenharia e Empreendimentos e a Mago Consultoria, investigadas pelas PF. O outro sócio das duas companhias é o pai dele, Mário Frederico de Mendonça Goes, que está preso desde fevereiro na Superintendência da PF em Curitiba. Assim como o pai, Lucélio também é apontado nas investigações como um dos operadores no esquema de corrupção na Petrobras.

Lucélio é sócio de duas lavanderias industriais em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio: a Megalav e a JPA Lavanderia Industrial. A primeira, localizada na Taquara, foi aberta em maio de 2011. O GLOBO já esteve no local no início de fevereiro, quando Mário Goes foi preso, e, na ocasião, procurou por Lucélio, mas ele não estava na empresa.

A JPA Lavanderia Industrial, na Estrada dos Bandeirantes, foi aberta em 2007. A revista “Época” publicou em fevereiro que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que fez acordo de delação premiada e citou Mário Goes em depoimento, foi sócio de Lucélio até 30 de setembro de 2014 na JPA. Ainda segundo a revista, ao contrário de Barusco, o filho de Mario Góes não é fundador da empresa e só entrou na sociedade em março de 2013. Lucélio tem ainda a Xavier Tour, que faz transporte e foi aberta em 2003, e a Nortesud Comércio de Software e Serviços, criada em 2011, localizada no mesmo endereço da Riomarine e da Mago Consultoria.

Lucélio foi denunciado na segunda-feira por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Na denúncia, o MPF apontou que, como sócio da Riomarine, o empresário atuou ao lado do pai, “desempenhando importante papel na operacionalização de valores indevidos em favor de empreiteiras para que estas, mediante a corrupção de funcionários e diretores da estatal, obtivessem vantagens em contratos e aditivos celebrados com a Petrobras”. Os procuradores apontam Lucélio como operador e afirmam que ele e Mário Goes eram responsáveis por parte dos pagamentos perpetrados no âmbito da diretoria de Serviços da estatal.

O MPF diz que Mário Goes e Lucélio Goes, “na qualidade de operadores financeiros e intermediários que usaram empresas de fachada e contratos de serviços fictícios para justificar o trânsito de ativos e para transformá-los em dinheiro vivo”. Segundo a denúncia, os dois valeram-se até mesmo de doleiro, para prover dinheiro em espécie.

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